quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Empty mind, Devil's Playground

"Cuca vazia, parquinho do Capeta."

Já ouviu essa expressão [largamente ironizada por este que voz escreve]? É uma das maiores verdades da vida.

Algumas vezes eu fico puto comigo mesmo pela quantidade de absurdos que sou capaz de conceber num momento de silêncio... Pés no chão? Acho que nunca os tive, e quando eles surgiram, bem... Tirei os sapatos da responsabilidade porque ao menos por ora, eles perderam sua necessidade.

Olho para trás nesse blog e me pergunto: quantas vezes passei mais do que dias em um estado de paz completa? Parece que eu SEMPRE careci de controle da minha própria vida! Será essa uma máscara da minha mente para que eu não enxergue minha própria personalidade?

A palavra "potencial" sempre me perseguiu como uma maldição. Eu tenho a cuca em ordem. Eu tenho motivação para chegar onde quiser. Eu tenho capacidade para fazer o que eu quiser. Mas acredito que esse conjunto de características que me tornam um "astro a brilhar em breve" sempre me perseguiu, diabos!

Já cansou de ser você mesmo alguma vez?

Eu já.

[Demônio do Outono]
Mikael Akerfeldt

Dança silenciosa com a morte.
Tudo está perdido.
Dilacerado pela chegada do outono
Ao piscar de um olho, você sabe que sou eu,
Você mantém a adaga a mãos.
E você não viu nada. Falso amor transformado em ódio puro.
O vento chorou uma lamentação antes de fundir com a escuridão.
Demônio do outono. Ofegando por mais um suspiro.
Ela ergueu-se, gritando entre portas fechadas.
Desmaio tentador obscurece, forjando através das rachaduras nas paredes.
Eu não posso resistir. Em lagrimas por toda a eternidade.
Ela virou-se e me encarou pela primeira vez.
Fuja, fuja. Somente um segundo, e eu fui deixado sem nada.
A fragrância dela ainda está pulsando pelo ar úmido.
Aquele dia chegou a um fim.
E ela perdeu em mim, sua crença.

"Encarando um teto vazio" - Lobo [Deliverance]

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