quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Move On

Ah...

Nossa, mais um tempo sem passar aqui... Que maravilha, hein?

Ok, eu nunca fui bom com essa coisa de diário... E não seria um virtual que me ajudaria, certo?

Hein?

Que cara é essa?

Sim, eu encaro isso aqui como um "Querido Diário", ainda que virtual ^^

Bizarro, néam?

Fazer o quê?

O fato é:

Coisas ainda estão rolando.

Eu? Me acertando? Er... ^^

Mas como sempre... Eu insisto em Acreditar. É o jeito...

E continuar meus discursos estranhos, ouvidos por poucos, entendido por menos ainda...

Eu e a minha...

Idioglóssia (*)
Daniel Gildenlöw

Tudo volta à minha mente

De cara para o chão
Com o coração na boca
Minha testa bate na calçada
De novo - anestesiado - de novo
Compartilhando da humilhação
Um ciclo da humanidade
Momentaneamente negro em mim
Não momentaneamente negro
Tão negro

Lembranças, deixem-me em paz
Feche aquele olho, cegue o amor

Quando o desfecho é precedido
De uma saída que é necessária
Esquecemos tudo, menos o ciclo
Logo que o fim é alcançado
Logo que o fim é alcançado

Eu arranho a superfície e vejo
Alguém melhor do que eu
Quando sofri essa perda?
O que me foi tomado?

Quando procuro nas cinzas
Alguém para culpar
Tenho medo de encontrar meu rosto
Enquanto procuro nas cinzas
Sussurro seu nome
Encontrar você me forçou
A encontrar a mim mesmo

Esse sangue prova que eu estava certo
Sobre o fato de que é o último movimento
Que importa quando a fera atacar
Votos ao chão
Juras ao gosto do pó
Na minha boca - nunca!
Eu mordo as palavras - nunca mais!
Deixarei que outra pessoa termine?
Serei o fim de todo caminho

Lembranças deixaram isso morrer, deixaram para trás
Deixam-me cego

Apesar de todas essas palavras
Nenhuma poderia expressar
O que sentia
Viver era esconder

Ajoelhando-me em redemoinhos
De champanhe rosé
Celebrando a bravura da minha dor
Algo se quebrou
E água nenhuma poderiaremover
A raiva daquela primeira mancha

Eu arranhei a superfície para encontrar
Alguém terrível e cego
Como isso acabou assim?
Por que essas cicatrizes não podem sumir?

Lembranças...

Eu engoli todas essas lágrimas
Pensei que elas me deixariam
Depois de todos esses anos
Agora esse coração está despertando
Com uma sede renovada
De meu próprio sangue

Quando procuro nas cinzas
Alguém para culpar
Tenho medo de encontrar meu rosto
Enquanto procuro nas cinzas
Sussurro seu nome
Encontrar você me forçou
A encontrar a mim mesmo

De cara para o chão
Com o coração na boca
Testas batem na calçada
De novo - anestesiado - de novo
Compartilhando minha hostilidade
Uma rua de insanidade
Esse é o troco por tudo
Rasgado em mim, vazio em mim
Negro em mim - negro!

Lembranças, história, agonia
Deixam-me ver essa idioglóssia
Horrível que me formou

Apesar de todas essas palavras
Nenhuma delas poderia expressar
O que senti
Viver era esconder

Por cada vez que você me congelou
Por cada soco, cada grito
Por não acreditar em mim
Por sua estupidez
Por me roubar o que eu poderia ter
Sido

Tudo volta à sua mente

Isso é tudo o que sou?

(*) Segundo alguns dicionários, Idioglóssia é uma linguagem secreta, especialmente inventada por crianças, e também uma condição psicológica na qual a fala é tão distorcida que se torna inteligível.

"Qual a diferença da coragem para a inconseqüência?" - Lobo [Deliverance]