quinta-feira, 16 de março de 2006

Caminhando...

Nossa... Há quanto tempo não passo aqui... Meu templo das Sombras. Acho que preciso sair deste templo... Não posso mais cultuar as sombras da minha alma... Não posso mais viver desse passado... Imerso nesses sonhos que me mostram o quão feliz eu fui um dia...
Eu busquei a minha luz... Procurei a minha Estrela da Manhã... E descobri que ela se encontra ainda há algum tempo de viagem daqui. Só que para seguir nessa viagem, tenho que começar a andar. Tenho que transformar a saudade em lembrança, e a lembrança em passado.
Para esquecer? Jamais.
Apenas para me fazer lembrar do que me tornou o que sou hoje. Memórias são apenas isso.
E olhar para frente, e para aqueles que me esperam lá na frente. E caminhar com eles.


O Elemento Perfeito
Daniel Gildenlöw

O ontem o encontrou hoje

Pegou-o em seu último suspiro
Essas paredes construídas para resistir ao que vier
Encontram-se despedaçadas nas cinzas
A pele dele contra esse chão sujo
Os olhos fixos no teto
Ele esticou as correntes do pecado
Muito além de todos os sentimentos
Mas ainda tão imóvel...

Em sua cabeça um estrondoso
Grito de desespero
Arrancando vozes do seu passado
Grita por sua atenção
Atrás dequeles olhos um mundo explode
Não há ninguém lá para salvá-lo
Toda a dor que ele tem transmitido
Responde ao seu desejo
Mais uma vez

Jamais abandonarei essa vergonha...

Caíndo além do lugar sem volta
Nada em que se transformar e nada para se queimar

Roubando dessa criança o sentido
Tiramos dele sua razão
Sua alma guardada sob chave e cadeado
Seu coração escurecido pela traição
Mas se você toma daqueles a quem teme
Tudo o que valorizam
Você cria a fera perfeita
Vazia o bastante para matá-lo

Indo além do lugar sem volta
Nada em que se transformar e nada para se queimar

Vendo o sangramento não visto e intocado
Olhos vazios, expostos, moribundos se fecharam

No passado ele teve florestas e montanhas
Que eram apenas suas - ouvindo-o
No passado ele corria pelos dias de verão
Caçando lembranças por muito tempo
Agora ele veste esse chão frio
Com sua pele e seu sangue, e o tempo passa
Seus negócios com a dor devem tê-lo levado
A lidar com as conseqüências
Para variar, enquanto o tempo passa

Eu sou a criança que desperta
(apoiando-se, subindo, prendendo, engrenandoDesejando, arranhando, machucando, caíndo)
Eu, o filho teimoso do lago de uma montanha
(Das lágrimas geladas, de uma Terra silenciosa)
(De uma tampa enferrujada, de um vento sem asas)
(De um furacão sem olho, dos deuses caídos, que perderam o rumo)
Eu me ponho em chamas
Para criar o Elemento Perfeito

Voltarei a andar um dia?

Indo além do lugar sem volta
Nada em que se transformar e nada para se queimar

(Esse é o fim)

Mais nada a dizer,
A dor vai desaparecer
Agora com certeza você deve ver
Que você está me matando
Você está me matando
Agora você está me matando
(Você jamais deverá abandonar essa vergonha!)
Agora você está me matando
(Você jamais deverá abandonar essa vergonha!)
Agora você está me matando
(Você jamais deverá abandonar essa vergonha!)

Isso é mais do que você quer?

"Das Sombras, eu sairei" - Ankoku, Sono Kage Ryoushi

2 comentários:

Anônimo disse...

Lobo, você sabe que bão importa o caminho que decida seguir, você sempre saberá com quem irá caminhar... não importa quantas tempestades recaíam sobre todos, sempre esremos caminhando lado a lado ... pois assim somos, intensos e rápidos demais

Nubia disse...

Bom saber...

Então posso ir.